70 anos de Paul McCartney
Parabéns Paul
O mais bem-sucedido compositor de todos os
tempos está vivo. E, hoje, dia 18, completa 70 anos. Em cinco décadas e meia de
carreira, Paul McCartney colecionou todos os recordes. Segundo o Guiness, são
60 discos de ouro (entre 45 discos lançados) e 100 milhões de álbuns e singles
vendidos, entre as quatro bandas que tocou e a carreira solo, iniciada em 1970.
Paul emplacou nada menos do que 32 singles no 1º lugar da Billboard.
Dificilmente haverá outro
artista capaz de carregar números tão altos. Talvez seja impossível saber ao
certo quantas bandas covers dos Beatles existem no mundo, mas estima-se que sua
Yesterday - o único grande sucesso dos Beatles escrito por Paul, segundo John
Lennon em sua canção anti-McCartney How do you sleep - já recebeu em torno de
2.200 versões. E mais de 7 milhões de execuções somente nas rádios e emissoras
de TV dos Estados Unidos.
Em 2012, a fortuna de Paul
McCartney foi estimada em 475 milhões de libras em 2010. A sua holding, MPL
Communications, detém os direitos autorais de 3 mil canções, cobrindo um
período de quase cem anos de música. Com compositores como Buddy Holly, Carl
Perkins, Jerry Herman e Meredith Willson em seu catálogo, rendeu 40 milhões de
libras em 2003 e 48,5 milhões em 2005. Um pouco desse dinheiro vai para as
causas sociais às quais é sensível, como campanhas a favor do vegetarianismo e
a meditação transcendental (o compositor conseguiu angariar US$ 3 milhões para
David Lynch Foundation, voltada à difusão da meditação). Outra parte
significativa se foi num divórcio difícil: 32 milhões de libras foi o valor
pago para sua ex-esposa Heather Mills em 2007.
Além de fazer campanhas contra
as minas terrestres, Paul também apoia causas mais polêmicas. Defensor da
liberação da maconha, já foi preso ou multado 5 vezes por posse ou cultivo
ilegal de Cannabis. Em um dos episódios mais dramáticos, foi expulso do Japão
em 1980, onde ia se apresentar, por posse de marijuana. Apesar de ter declarado
este ano que tinha parado de fumar por causa de sua filha, Paul já experimentou
pelo menos três drogas em sua vida: cocaína, LSD e heroína. A primeira não lhe
cativou, a segunda o inspirou e a terceira não significou nada.
Viver na época do único artista a ter
recebido um disco de ródio é um privilégio. Mas assisti-lo ao vivo é ainda
melhor. Desde que deixou os Beatles, Paul completou 19 turnês e mais de 400
shows.
Suas apresentações também exibem números
imponentes. Com 26 metros de altura, seu palco atual dispõe de uma estrutura
metálica de 150 toneladas. O show traz 150 caixas de som, com potência de 200
mil watts. Com esse arsenal em mãos, recusou-se, em 2010, a tocar dentro do
limite acústico de 78 decibéis imposto por lei para shows de rock. Sem aceitar
limitações acústicas, sua apresentação no estádio San Ciro foi abortada. Depois
de passar quase toda a década de 80 sem se apresentar, engatou em 1989 sua mais
longa turnê: 14 meses e 104 shows.
É dele - e nosso! - o recorde
mundial de maior público em um show: 184 mil pessoas assistiram à sua segunda
performance no Maracanã, em 1990. Em sua última turnê pelo Brasil, no ano
passado, mais de 110 mil pessoas viram seus três shows no País. A turnê teve
nada menos do que 108 canções (685 minutos de música) e empregou 6.272
profissionais e 208 toneladas de equipamento, além de mobilizar 257 jornalistas
e repórteres. A comoção nas redes sociais produziu 47.036 tweets.
Em 2012, Paul chega aos 70 anos
em plena atividade. Depois de reunir meio milhão de pessoas nos arredores do
palácio de Buckingham para o jubileu da Rainha Elizabeth II, irá fazer o show
de encerramento do dia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, em 27 de
julho.
Outros projetos incluem o relançamento em diferentes formatos do primeiro
disco com Linda McCartney, Ram, de 1971, com 12 faixas em edição standard,
digipack com dois discos e um bônus de raridades. A edição terá arquivos de
áudio em 24 bits (alta qualidade), download digital, vinil duplo 180 gramas,
vinil mono (edição limitada) e ainda um box de luxo, com um DVD, um livro e
mais discos extras e imagens exclusivas, que inclui Thrillington, uma versão
instrumental do disco de 1977.
Outro projeto nostálgico é o de
terminar uma das músicas do companheiro George Harrison, morto em 2001. Segundo
o jornal The Express, Olivia Harrison, viúva de George, está montando um disco
com gravações incompletas e ideias de músicas do marido, e garantiu que enviará
uma para Paul - que já disse interessado em participar.